Caminhar nem sempre é fácil. Se pudéssemos escolher nossas estradas, com toda certeza seriam paradisíacas, com oásis de felicidade a cada quilômetro. Caminharíamos somente com quem quiséssemos, e quando surgisse vontade. Os caminhos não teriam grandes subidas nem grandes descidas.
Porém, sabemos que não é assim. Existem situações que nos fazem caminhar por estradas tortuosas. Mesmo escolhendo, corremos o risco de errar, de acreditarmos que é a melhor saída, mas com o passar do tempo o sonho acaba se transformando num beco escuro, na ladeira da agonia.
Diante de certas vias crucis, retornar ao ponto de largada é impossível, o tempo nos lança para frente e o futuro incerto tende a paralisar nossas pernas. O que fazer?
Caminhar nem sempre é fácil, mas é preciso!
A vida é uma sucessão de estradas que não tem fim, o que é felicidade hoje, pode ser tristeza amanhã, e o que é cruz hoje, pode se converter em salvação logo adiante. As escolhas são importantes, mas não nos garantirão o prêmio da tão sonhada “realização”. O que realmente importa não são as estradas, mas a bagagem que carrega aquele que caminha. Bagagem não é peso externo, mas alicerce interior.
Seja Deus a nossa força!
Originalmente publicado no Editorial da revista Ave Maria, edição de março de 2020